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Extermínio de Pensamentos

"Happiness only real when shared"-Christopher McCandless

Extermínio de Pensamentos

"Happiness only real when shared"-Christopher McCandless

14
Nov18

Fake news

Terminatora

Não vou falar daquelas fake news políticas com que muito se tem deparado. É outro tipo de fake news que já anda a causar mortes. É quando pessoas incultas, imaturas, de culturas estranhas e de hábitos estranhos, se deixam influenciar por boatos lançados nas redes sociais ou meios de comunicação, géneros Whatsapp. 

 

Já tinha visto documentários, sobre tribos em África onde as pessoas queimavam outras por serem acusadas de bruxaria. Já tinha visto também muitas notícias sobre partes remotas na Índia, Paquistão e outros, onde queimam, ou matam, ou torturam pessoas, sob alguma acusação de desonra familiar. Se isto era considerado normal há séculos.. Penso que crescemos um bocadinho para perceber que isto são costumes desumanos, ou não?

São hábitos, tradições, costumes, castigos, vistos como naturais nestas comunidades. Nós, que temos outra mentalidade, achamos isto bárbaro.. Desde que me lembro de ver o primeiro documentário (há muitos anos) sobre isso, que não vejo mudanças ou intervenções nessas comunidades de forma a incutir algum senso comum, ou mudar/melhorar alguns dos seus costumes. De forma a preservar as vidas humanas que se perdem por costumes hediondos, como estes. Portanto continuam com as suas estúpidas tradições, e estúpidos costumes! 

 

Mas e quando a tecnologia de comunicação, vai parar às mãos deste tipo de pessoas? Agora que reflicto... Deveria este tipo de comunidades ter acesso a este meio de (des)informação? 

 

Li há pouco tempo uma reportagem da BBC, sobre a morte de dois homens numa vila no México, a fogo posto, em plena praça, por uma multidão de gente enraivecida em resultado de uma mensagem no Whatsapp, que foi partilhada por grupos e pessoas daquela região. Notícia aqui.

O que me chocou nesta história, foi que tratou-se de um boato, sem confirmações e provas. Mas as pessoas acharam por bem fazer justiça com suas mãos. E aparentemente, nem haviam crianças desaparecidas, como estavam sendo as vítimas acusadas de rapto infantil. Ou seja, poderá ter sido um acto de vigança encomendado de alguém. Eu não estava lá, não vi, não sei. Li o que li. Mas que este não é caso único, não é. 

Tem acontecido por vários países, lançarem-se rumores destes e o povo decide fazer justiça com as próprias mãos. E acontece onde as pessoas são umas completas ignorantes e imaturas. 

O caso que me chocou ainda mais foi o do Brasil, uma mulher ter sido torturada e morta por uma multidão também... E aparentemente, tudo mentira. Notícia Não encontrei no entanto o primeiro link que li, onde continha dois vídeos que mostravam a barbaridade que fizeram com esta senhora. 

 

Quer-se mais evolução tecnológica. Quer-se mais modernismo, mais comodismo, mais facilidade, mais acesso, mais de tudo o que verdadeiramente NÃO PRECISAMOS. E eu pergunto, tem este tipo de gente direito à tecnologia e estes meios de comunicação? Como fazer por controlar este género de pessoa, se é que se pode chamar a estes bichos de pessoas. Não é humano, quem tem a coragem de participar da morte de alguém. Como conseguem dormir? Como conseguem viver consigo próprios?

A realidade, é que estou eu e mais alguns milhares, revoltados com estas atitudes e situações, em vão! Porque estas pessoas vão continuar a ser ignorantes, e vão passar esta ingorância à próxima geração e assim vamos caminhando para o fim do mundo. Será, nem mais nem menos, os ingorantes a dar cabo dele. Ou isso, ou as máquinas vão nos exterminar a todos.. O que não me espanta mesmo nada que assim fosse. Afinal de contas, os filmes até têm uma base de verdade. Nós, é que preferimos, pensar que os guionistas e realizadores têm uma imaginação muito fértil. 

 

 

30
Out18

Lá vem ele de novo

Terminatora

Gosta de ir às cavalitas das pessoas. É como se fosse uma criança embirrenta que não pára quieta no topo dos ombros. Põe-se aos saltos que nem louco mesmo em cima de nós. 

É teimoso e não se assusta com nosso ar mais sério. Estrangula-nos, já no seu auge, sufoca. Sentimos a cabeça a aumentar de tamanho, esmaga-nos o cérebro contra o pescoço. Sentimo-nos a inchar e a ficar cada vez mais zonzos. 

Um copo de água com açúcar que isso passa... Dizem-me. Descansa que isso passa... Relaxa, que isso passa... Não penses nisso, que isso passa... 

Passa... por algumas semanas, passa. Ele torna-se mais leve de suportar e não causa tanta dor. Até que nos esquecemos que ele está sempre ali, no topo dos ombros. Pronto a voltar à carga, quando deixamos de lutar contra a pressão à nossa volta. 

 

Vou ter que aprender a viver com ele, até que saiba como me livrar dele.

23
Out18

É com cada coincidência

Terminatora

Dados os últimos acontecimentos, andava ontem à procura de um filme com que me pudesse animar, ou ajudar a deitar todas as mágoas para fora. Depois de ver vários que não me chamavam minimamente a atenção, parei num de Keanu Reeves e Winona Ryder - Destination Wedding. 

 

Eu por ver o nome, pensei logo, alguma piroseira sem muita graça, mas li mais ou menos o resumo e pareceu engraçado. Decidi carregar no play, pensando que me ia desmanchar em lágrimas todo o filme... Mas para meu espanto, ri-me imenso. Este não é o típico romance ou a típica comédia romântica. Tem ironia, sarcasmo, cepticismo, frieza, negatividade, mas também tem esperança, transparência, falhanços e positivismo. Estão bem patentes nos personagens e são elas também o oposto uma da outra. São personagens estranhos, carracundos e sem esperança na humanidade. Já para não dizer que são dois actores fabulosos e interpretam na perfeição estes desajeitados. 

 

Não é filme para o gosto de qualquer um, provavelmente se eu estivesse numa fase muito animada da minha vida, iria achar o filme completamente aborrecido, mas identifiquei-me imenso com todas as conversas das personagens e só quem já viveu algo parecido, consegue se rir do que acontece, pois de certa forma reve-se naquelas duas personagens. 

 

Achei bastante irónico também dar com o filme especialmente agora (!).

Enfim, eu recomendo vivamente a quem não perdeu a coragem de entregar seu coração apesar de todas as desilusões, que já sabemos de antemão, poderão acontecer. E mesmo assim, não enterrar esse sentimento bonito que é o amor. Não vou partilhar o trailer, acho que isso estragaria.. Eu não o vi antes de assistir ao filme, acho que se assim fosse, não o teria visto. 

 

 

 

10
Out18

Serei normal?!

Terminatora

Sempre fui uma pessoa muito certinha. Nunca fumei, nunca bebi até me esquecer do que aconteceu no dia anterior, nunca experimentei qualquer tipo de droga. Nunca andei em "más" companhias. Nunca dei desgostos de maior ou preocupações de maior aos que me rodeavam. 

Enfim, sempre fui alguém exemplar. Umas vezes elogiada pela sua forma de estar. Outras vezes criticada e gozada. 

Lembro-me bem de quando amigos meus próximos começaram a fumar, nunca me incentivaram a experimentar, mas eu bem que os tentei dissuadir de não continuar. 

Sem sucesso...

Mais tarde conheci quem experimentasse algumas coisas mais "pesadas". Andavam sempre a rir, de bem com a vida... Loucos, como eram apelidados por outros. Nunca me incentivaram, nem convivendo com eles alguma vez experimentei. 

 

Já recentemente, conheci várias pessoas que fazem do uso de "erva" um ritual diário. Ajuda no alívio de suas condições depressivas, ajuda-os a relaxar. 

No trabalho, lido com fumadores que estão constantemente a fazer pausas de  10min para fumar... enquanto eu tenho que ficar a trabalhar todo esse tempo, sem direito a café muitas vezes. 

 

Questionei-me um dia destes, não fumo, não bebo, não faço nada forma do normal... Serei eu normal?! É que me parece que todos esses vícios e consumos são vistos como normal. As pessoas estão dependentes deles. Elas não conseguem imaginar sua vida sem eles. E espantam-se se eu digo que nunca fumei, que bebo muito raramente e não tenho necessidade na maior parte das vezes disso. Que nunca fumei erva. Ou seja, nunca estive "relaxada"... Não tenho vícios. 

Eu nunca os tive, por isso não sei.. Mas fico triste por elas. Elas são controladas por essas substâncias. As suas vidas giram em torno de coisas para aliviar seus dilemas, suas preocupações, seu stress e nervosismo. 

Adoram espatifar dinheiro em coisas que as controlam. 

Confesso que sinto um certo orgulho em não ter algo assim que me controle... No entanto, custa-me encontrar um sítio onde me sinta encaixada.. Parece que todo o mundo é normal à parte de mim. 

 

Dou por mim muitas vezes a pensar... Não és normal...

09
Out18

Desculpa mas...

Terminatora

Não me voltarei a anular. 

Não voltarei a recuar.

Não voltarei a dar sem receber.

Não voltarei a me esconder da multidão. 

Não voltarei a desacreditar o amor.

Não perderei a esperança de um amanhã melhor.

Não desistirei de querer ser mais. De querer ter mais.

Não me darei por vencida, nem que seja a última batalha.

Não me esquecerei de dizer basta. 

 

 

07
Out18

Problema

Terminatora

O que ando a fazer? Pergunto-me. 

Quis mudar a minha vida, mudar e começar de novo, mas parece que os fantasmas do passado ainda me perseguem. Aqueles pequenos traumas, pequenas obessões que se parecem ter tornado gigantes, afinal nunca me deixaram. Nunca me consegui livrar deles. Eu mudei de lugar... Deixei as pessoas, deixei "amigos", deixei família... Tudo ia ser melhor. Fugi de onde pensava estar o "problema", mas descubro que o problema sou eu. 

 

 

10
Ago18

Tempo

Terminatora

Não consegui agarrar o tempo e fazer dele prisioneiro. Trapaceiro de natureza, escapa-se-nos entre os dedos, quando pensamos que dele temos controle. 

Tempo...esse vilão que não deixa perdurar as coisas boas um pouco mais. Esse mercenário que é capaz de esmagar tudo à sua passagem. 

Tentei ser sua amiga, mas é um ser sem coração. Nele não podem habitar sentimentos, quando muito ele alimenta-se dos nossos. Especialmente nas despedidas. 

Imagino-o a rejubilar-se de escárnio e alegria por sentir que tem o poder de não nos dar mais, quando a despedida vem. Maldigo-o insessantemente. Como pode ele ser tão frio e cruel? Não tem um pingo de compaixão e arranca-nos aos bocadinhos o que de mais precioso temos. Tortura-nos lentamente... Manipula diariamente. E nós cegos, (!) seguimos o que ele dita e regulamos nossa vida como ele manda. 

Uma vez mais, somos marionetas do maior ancião alguma vez existente. Esse que tem vida eterna. Esse que dita a nossa própria existência. Esse desconhecido, manhoso e cruel que não concede segundas oportunidades. Esse que subitamente leva tudo e deixa-nos vazios. Esse ser sem alma que de nós não tem compaixão. 

 

23
Abr18

Se

Terminatora

Se há uns tempos me sentia apática e sem vida; apenas mais um ser entre esses tantos que por aí vagueiam, deambulam qual zombies e autómatos. 

Se eu disse que não sentia nada, que não conseguia criar laços duradouros, que não conseguia me dedicar inteiramente a outro ser.

Se eu disse que não voltaria a amar outro ser, que não me comprometeria com o destino, que esqueceria o que é isso de querer construir vida com alguém.

Se eu disse que não falaria de sentimentos e desejos, que não mostraria meu lado fraco e vulnerável, que não daria passo em frente, que não me aproximaria.

Se eu disse que iria banir do futuro tudo o que pudesse desencadear tais pensamentos furiosos, que queria inverno e outono para sempre, que não queria de forma alguma voltar a sentir tormentas.

Se disse tudo isso, se tentei ser alguém que não eu, se quis banir tudo de bom que havia no futuro, se quis esquecer o quão importante é ter alguém que nos OLHE e VEJA de verdade, foi porque não estavas no meu passado. 

17
Dez17

Reflexão

Terminatora

Lembro-me quando iniciei o blogue. Foi numa altura que precisava urgentemente de um sítio onde descarregar tanta frustração, resignação e pressão que sentia no dia-a-dia. Costumo reler o passado, e termino sempre a rir das coisas que tão desenfreadamente escrevi na altura, a maioria sem pensar duas vezes, baseada somente nalguma experiência recente. Nunca foi minha intenção ter textos escritos diariamente, até porque com o trabalho que tenho é impossível, aliás não impossível, mas seria mais desgastante para mim, se bem que adoraria muitas vezes ter um papel à mão para entornar o que me dói na alma ou o que me alegra. E não é minha intenção falar de assuntos que todos falam, a não ser que me apeteça dar alguma opinião, afinal fiz este blogue para mim, como uma espécie de terapia. Até recentemente só quem vinha ler sabia da existência dele. Nunca partilhara antes com alguém que eu tenho um blogue. Sim apetece-me partilhar pensamentos, ideias, desabafos, mas não queria ser "visível". A invisibilidade que a internet por vezes proporciona, é confortável. Posso expôr o que realmente penso, a pessoa que realmente sou e não tenho que ter receio que me vão apontar o dedo para fazer troça. Mesmo que o façam agora, não tem qualquer importância, mas já me importei demasiado no passado. E há traumas que nunca se consegue ultrapassar. Consegue-se dissimulá-los, esquecer por momentos que existem, mas voltam sempre para nos atormentar. E de que vale nos queixarmos deles? Quem entenderia? Apenas cada um sabe a forma como esses traumas afectaram a si. 

 

E quando escrevo textos, não penso muito neles. Fluem com o que penso no momento, não perco horas a tentar construir algo de coerente. Sairá coerente se tiver que ser. E hoje escrevo com mais calma, mais sabiamente que há dois anos atrás. O caminho que percorri até aqui foi bem tumultuoso, foi de profunda aprendizagem. De mim, dos outros, das minhas escolhas. Só fico triste por ter consumindo tanto tempo pelo caminho mais demorado e sofrido. Por não ter acreditado nas capacidades que sei que tenho, por ter deixado que acasos da vida tomassem as rédeas da minha, por não ter confiado nos meus instintos. Por não me ter amado. 

É sempre do sofrimento que surgem as maiores aprendizagens, é deles que renascemos outras pessoas. É por causa deles que grandes mudanças acontecem. E ainda bem! Como aprenderíamos nós? Como saberíamos nós, os prós e contras das decisões, mesmo antes delas acontecerem? 

 

Olhando para trás, estou feliz das decisões que tomei. Feliz pelas pessoas que conheci, feliz por ter deixado outras para trás. O comboio segue seu rumo, nas paragens que faço há sempre gente que entra e sai. Lições novas para aprender. No horizonte, está um mundo de possibilidades para descobrir. E logo eu... que não gosto nada nada de aprender e descobrir! 

12
Ago15

A todo o vapor

Terminatora

Julgo que não sou desta família. Devo ter sido trocada no berçário. Será que é bom, ignorar o desabamento de uma vida inteira? Será que ter a cabeça vazia de pensamentos e reflexões é bom? Será que não reflectir nas nossas atitudes diárias, é bom? Será que a mente estará mais leve? Haverá espaço na mente para outras coisas?

Como será ter uma mente repleta de ignorância? Gostava de saber..se bem que me considero ignorante, só que tenho os pensamentos sempre a milhas...a trabalhar a todo o vapor! Não me dá descanso esta cabeça...

Por vezes trabalham tanto, que balbucio parvoeiras sem me aperceber. Que nervos...

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