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Extermínio de Pensamentos

"Happiness only real when shared"-Christopher McCandless

Extermínio de Pensamentos

"Happiness only real when shared"-Christopher McCandless

02
Jul19

Depois da tempestade

Terminatora

Já lá vai algum tempo que não escrevo, que não desabafo ou leio. Ler que me foi outrora um prazer enorme, agora já não me cativa. 

Ando cansada.. Será por isso que não sinto vontade de nada. 

Tenho tanto para desabafar, mas zero de energia para o efeito. Tantas e tantas vezes dei por mim a pensar, porque tive eu que crescer? Porque tive eu que ser teimosa? Porque tive eu que me tornar adulta? Quantas vezes não desejei, vivi vezes sem conta, na memória a infância feliz que tive. Apesar de ser alguém algo desestruturada, foram esses momentos felizes que salvaram o pouco de sanidade que ainda resta neste cérebro maltratado.  

A mim, não me preparam de todo para o mundo adulto. Fui me preparando. Fui aprendendo. E sinto que comecei extremamente tarde. Sentia-me adulta, por ser irmã mais velha, há já muitos anos. Mas que sabia eu de ser-se adulto? É tão complexo e tão desgastante. Tanta regra, tanta lei, tanta conta, tanta exigência! 

E as pessoas? Parecem-me cada vez mais irritantes. Estou sem vontade e paciência para me importar com quem quer que me seja desconhecido. Preciso de um trabalho onde possa estar só, porque estou a ficar "doida" com tanto forçar diálogo, quando não me apetece nada.  

Enfim..  cansada. Quero voltar para os braços da minha mãe....

 

 

 

02
Fev19

Dido is back!

Terminatora

Quem não gosta de Dido? 

Há uns meses perguntava-me onde andava esta mulher com voz angelical e suave, que embala qualquer pessoa com a sua música melódica. 

A primeira vez que a ouvi, foi no tema de introdução da série televisiva Roswell, que passou na RTP, em 2002. Tanto a música como a série marcaram-me muito e fiquei fã de Dido. 

 

Irá lançar um albúm em breve, estou felicissíma! Já ouvi três músicas, do novo álbum que ela publicou no YouTube, mas este é a que considero a "tal", até ouvir mais! 

Ainda falta um bocadinho para 8 de Março.. até lá vou já memorizando estas. :)

 

 

 

09
Nov18

A tree

Terminatora

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Sempre me senti fascinada por árvores. Cresci rodeada delas, no seio delas e usufruindo de todo o carinho e abrigo que me proporcionavam. Depois que li "A fada Oriana" de Sophia de Mello Breyner, senti-me ainda mais fascinada com a natureza. Imaginava como seriam as casinhas dos seres que nelas poderiam habitar. Mesmo de meras formigas. Podia passar horas "perdida" no meio da floresta, não me sentia, noutro sítio, tão em casa como ali. Sentia que as árvores, eram a minha casa e a floresta a minha aldeia. 

À conta deste amor, desenhava imenso árvores... Não que seja grande ilustradora, mas eu tinha que colocar árvores sempre nos meus desenhos. Gostava de desenhar prados e árvores. Com um riacho e flores. Um pôr do sol. 

Adoro árvores. Carregam grandes fardos, mistérios e sabedoria. E não importa as adversidades por que passem em suas vidas, mantêm-se de pé. Firmes e prontas para a nova etapa. 

Gosto também da símbologia da árvore. Vida, Mãe, Conhecimento, Família, Segurança... 

Nessa altura não fazia ideia de todo o simbolismo de árvore, ou o que poderia representar para cada pessoa/nação. E mesmo assim, sentia uma certa conexão, um conforto indescritível de cada vez que me aproximava de uma árvore. Alegria, paz... Como podia a árvore estar sempre de pé, mesmo depois de uma tempestade? São fortes e batalhadoras... pensava eu. Fui crescendo e deixei de passear tanto entre as árvores. Mas nem assim, perdi a sensação que sentia ao me aproximar de uma árvore. Aquela excitação, aquela alegria, aquela ânsia de abraçá-la e apertá-la como que querendo protegê-la. Querer me deixar embalar por seus ramos e me aconchegar em suas raízes. Ficar ali e esquecer que existe o mundo.

 

Se me dissessem, que depois de morrer me poderia tornar no que quisesse... Eu escolheria ser árvore. Para poder proporcionar tudo o que já me proporcionaram. Para poder escutar as maravilhas da natureza, para poder dar e transformar. 

 

08
Out18

Do meu terraço vejo estrelas

Terminatora

Já é noite e posso passar à minha parte favorita do dia quando o céu está limpo. Deito-me no chão e deixo-me embalar pela imensidão que desce sobre mim. 

Meus olhos não conseguem alcançar o quanto gostaria, mas é tão intensa a sensação de mergulhar num mar de estrelas, que me parece que vejo mais e mais além. 

Sinto um enorme regozijo e deixo-me ficar assim, sem pensar. Apenas observo. Absorvo e deixo-me dominar pela calmaria da luz que vem de cima. Tento lhes tocar. Por momentos pareço conseguir agarrar um punhado delas, mas fogem-me antes que lhes possa sentir. 

Então fecho os olhos e aí posso tudo. Consigo sentir como irradiam uma luz calorosa à medida que flutuo entre elas, à medida que aproximo minha mão delas. Queria poder viver aqui. Queria poder ficar aqui para sempre e não voltar para baixo. 

Mas agora, queria só por um momento, voltar a esse terraço onde me deitei muitas noites, onde me sentei, onde chorei e cantei de alegria.. Onde só as estrelas me ouviram e abraçaram...

19
Dez17

Amor de Irmãos

Terminatora

A casa nunca mais ficou impecavelmente limpa pela semana. Nunca mais houve silêncio às 7h, às 19h, às 21h. Por vezes até de madrugada era quebrado o silêncio. E quando havia silêncio quando não o era de esperar, algo estava mal! Cereais pelo chão, roupas desarrumadas. Maquilhagem destruída. Caos. 

Quem não sabe o que é a balbúrdia em que fica uma casa com crianças? Quem não os tem, gostava de ter. Por ter os meus, não imagino como seria minha vida sem eles. Afinal, foram eles que me ensinaram o valor do amor de um irmão, foram eles que me ensinaram a ser responsável. Foram eles que me fizeram crescer. Ensinaram-me a cuidar, a limpar, a ser no fundo segunda mãe. 

Muitas vezes aborreci-me também. Discutimos. Ficamos de costas voltadas, porque por ter personalidades tão fortes ninguém queria ceder ao outro. Mas soubemos ultrapassar. Apesar das nossas diferenças, o amor que sentimos uns pelos outros prevalece. Com o passar dos anos consegui valorizar cada vez mais este amor. Aprendi, que não conviver diariamente com eles, me fazia mal. Eu sentia falta dos meus meninos. Sentia falta de os proteger e amar. Sentia falta de cuidar e olhar por eles.

 

Não éramos família de expressar sentimentos. Nunca fomos. Nunca soubemos como chegar a uns e outros. Mas hoje, digo-lhes sem medos. Amo-vos. Amo-vos imenso e tenho orgulho de vocês. Cada um tornou-se num ser humano muito especial e único. Cada vez mais a comunicação entre nós cresce, apesar da distância. Pela primeira vez, passo um Natal longe, e saber que não vou ouvir suas gargalhadas pela manhã.. Que não vou ficar em pijama com eles até à uma da tarde. Que não vamos experimentar o jogo de tabuleiro novo, juntos. Que não vamos almoçar e jantar todos juntos... deixa-me triste. Mas feliz. Estou imensamente feliz, porque construímos uma bela relação. Amores não me faltam... E não há maior amor que o da família. 

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