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Extermínio de Pensamentos

"Happiness only real when shared"-Christopher McCandless

Extermínio de Pensamentos

"Happiness only real when shared"-Christopher McCandless

27
Jan19

Meio termo?

Terminatora

Tudo ou nada! Não consigo ser dessas pessoas que se contentam com meios termos. 

Prefiro então não ter nada que só ter a metade. Já a paciência, ou a tenho, ou não tenho... Não consigo ir tendo. 

No meio termo sinto-me deprimida, como se me faltasse algo, como se não fosse eu no todo. 

Prefiro o nada se não puder ter tudo. 

 

 

20
Fev18

Vocações

Terminatora

Quando andava na primária, se me perguntassem o que queria ser quando fosse grande, responderia sem hesitar: ou professora ou médica. Já quis ser astronauta (dizem-me que todos já quiseram no fundo o mesmo), veterinária. Até polícia!.. 

 

Mas o ensino e a medicina, foram sempre as áreas de que mais gostei. No entanto, passaram-se os anos, não que ficasse grande, porque mal passei de metro e meio! O meio à nossa volta muda, as nossas experiências diárias moldam-nos a toda a hora. Até que certa altura, não quero mais ser professora! É difícil lidar com crianças e jovens. São maldosos, são mesquinhos, são rebeldes, são mal educados.. E eu não queria de todo, para além de sofrer o que já sofria, ter que chegar a professora e lidar com uma sala de gente malcriada. Eu não iria saber como controlá-los e fazer com que me respeitassem. Como é que eu conseguiria? Impossível. 

 

Ok..resta-me a medicina. Adoro ciências, biologia e tudo o mais que se relacione..Excepto química, mas lá desbobino qualquer coisa de razoável nessa área. No entanto, sucedem-se uma série de mudanças, revoltas pessoais. Ir para a Universidade seria quase impossível. Já sabia que o meu futuro seria terminar o 12º ano e ir trabalhar. Estava a sonhar com medicina para nada. Eu tinha noção que seria um fardo demasiado grande para a minha família se continuasse a estudar. Nunca me encorajaram a continuar. Em discussões com meus pais, lá decidi deixar tudo a meio e seguir para algo que resultasse num emprego rápido e talvez frutífero. 

 

Hotelaria. 

 

Não que gostasse assim muito, mas era o emprego com mais vagas na área onde vivia. Dediquei-me, como se fosse para outro assunto qualquer que gostasse muito. Terminado o curso, arranjei facilmente trabalho, já podia aliviar a família. Ajudar a pagar contas, gerir meus gastos sozinha. 

Seguiram-se altos e baixos. Nunca ficando permanente em sítio algum. Sentia-me sempre deslocada, acabei por desenvolver um gosto maior por pastelaria e ali fiquei... Até hoje. 

 

Hoje gosto do que faço, aprendi a gostar. Não foi um caminho fácil. Tive que moldar em muito a minha forma de ser. Se eu comecei com personalidade de freira, onde só ouvia, trabalhava e calava, hoje em dia pode-se dizer que sou uma fera. Não.. não mordo ninguém. Mas já cá não mora a freirinha, caladinha de antes. 

Trabalhar em hotelaria mudou muito a minha personalidade. Deparei-me sempre com pessoas mal educadas, desrespeitosas, egoístas, malandras, intriguistas...enfim, uma lista infindável de personalidades "tóxicas". Nunca deixei de ambicionar algo mais, querer estudar e saber algo mais. Voltei aos estudos, a tentar seguir para a universidade. E consegui, com boa média, para Inglês.. Mas lá pregam-me novas partidas e fica tudo para trás. 

 

Fico a pensar se sou eu que não vou à luta e me deixo derrubar facilmente pelas adversidades... Ou se afinal tenho medo daquilo que ambiciono? 

Apesar de tudo, por mais que, por vezes deteste o local onde trabalho. Por mais mesquinhas sejam as pessoas que me rodeiam, por mais negatividade que veja à minha volta, não me tornei uma delas. Não me deixei contaminar por essa toxicidade e orgulho-me disso. 

Posso não estar plenamente feliz com a escolha profissional, mas não torno a vida dos demais num inferno. Não gosto nem suporto ver injustiças. Reconhecem o trabalho que faço, embora esporádicamente, mas não me afecta o desempenho, aliás se faço um bom trabalho é porque eu quero e não o sei fazer de outra forma. 

 

Porque apesar de ser um trabalho mais físico, se calhar menos intelectual e humano, sinto que falta tanta empatia entre as pessoas. Falta o espírito de entreajuda, equipa e companheirismo. A atenção para com o próximo. Não é por ser um trabalho manual, quase por vezes automático que vamos deixar de ser humanos e tratar as pessoas como tal.

Isto porque eu vejo muito, vingançazinhas. Vejo mesquinhez todos os dias, o querer prejudicar alguém porque não fez uma X tarefa. E isto depois torna-se numa bola de neve e gera mau estar geral. Se não gostamos daquilo que fazemos, porque permanecemos ali, frustrados, tristes, vingativos e de mal com a vida? Porque nos acomodamos e tornamos a vida do outro num inferno? 

Eu não gostaria de ser tratada assim. Apesar de não ser a minha profissão de sonho, eu faço com gosto. Aprendi a gostar e isso só melhorou o meu desempenho e a forma como vejo e me relaciono com outros, dentro ou fora do trabalho. Tudo é muito melhor, quando se gosta. Seja que profissão for. E mais... podemos ser aquilo que quisermos, basta querer. 

 

Fico extremamente triste de ver pessoas frustradas em seus locais de trabalho, com atitudes infantis e vergonhosas. Se tratarmos sempre os outros, como gostaríamos que nos tratassem, o mundo seria um local melhor. Aceitemos aquilo que temos no presente com alegria e agradecimento, uma atitude positiva, atrai coisas positivas. 

 

Concluindo... descobri uma nova vocação! Vou começar a pensar em seguir psicologia do trabalho! 

01
Dez17

The Shack

Terminatora

Ontem vi este filme. Numa altura mais conturbada da minha vida decidi comprar o livro com o mesmo nome "A cabana" em português e durante a sua leitura chorei algumas vezes. Imaginei que o mesmo fosse acontecer com o filme. Não me lembro da última vez que chorasse tanto com um filme. Os cenários e os actores são como tinha imaginado. A interpretação de Sam Worthington está fenomenal em todos os aspectos. Ele consegue nos transmitir tudo aquilo que sente, todos os seus desgostos, tristezas e alegrias. 

 

É um livro fundamentalmente cristão e para quem abomina religiões talvez queira se manter longe, tanto do filme, como do livro. Eu comprei-o céptica. Já não creio em nada, como tenho dito, além das minhas vontades e energias. Fiz uma leitura, esquecendo que se tratava de uma conversa com Deus e absorvi o essencial e foi-me extremamente útil na época. Nele são-nos apenas retratados os valores com que todo o ser humano deveria nascer e crescer, independentemente da sua religião. A base de toda a história é o amor. Toda a conversa gira em torno do amor. Que o amor é a base para qualquer relacionamento, qualquer acto, qualquer situação.

 

Sempre tive por "filosofia" de vida, tratar os outros, como eu gostava que me tratassem. E acredito na lei do retorno, aquilo que dás, será o que irás receber. Seja através de uma pessoa ou uma situação. Toda a gente tem as suas crenças, toda a gente acredita em algo. Eu acredito que de certa forma, estamos conectados e que precisamos uns dos outros. Se estamos de bom humor, contagiamos os outros com essa alegria. Já quando estamos cheios de energias negativas, o ambiente à nossa volta conspira sempre para nos tornar a vida ainda pior. Já tive provas infinitas disto, não só por experiências minhas, mas vendo outros sendo tão mesquinhos e negativos, sucedia-lhes sempre tantas coisas más de uma só vez, que até me dava pena! 

Ainda não consigo controlar as minhas próprias más energias e tenho dias que ainda explodo e contamino tudo à minha volta. Mas tenho noção daquilo que faço/digo e consigo apaziguar os "estragos" a tempo de evitar uma catástrofe. Não é um processo nada fácil, deixar-se contaminar somente por amor e energias boas. Especialmente se à nossa volta há demasiada negatividade, a tal ponto que nos sentimos engolidos por tal imensidão. 

Ter amor para dar e vender, um caminho nada fácil e sem fim. Mas consegue-se! Temos primeiro que querer e não se deixar derrotar pelas adversidades que surgem no processo. 

 

A história ensina-nos como nos amar de novo e amar os outros. Se estão necessitados de reaprender a amar, a se amar... Então vale a pena espreitar

14
Mar17

Paciência

Terminatora

Não posso dizer que eu seja o melhor exemplo de paciência. Aliada à paciência está a calma. Uma pessoa que não é paciente geralmente não é calma. 

Ora, durante uns bons anos fui chamada à atenção várias vezes, por não ser calma, por não ter paciência. Tive de encontrar estratégias para modificar o meu comportamento. Comportamento não, mas a minha reacção perante a imbecilidade dos outros! Lá melhorei significativamente esse aspecto, vulgo defeito. 

Qual não é o meu espanto, que agora testemunho, um dos meus "mestres" da paciência e calmaria, a fazer tudo aquilo que reprovou em mim. Ora é como bem costumo dizer, aconselhar quando não temos problemas ou razões para reagir de certas e determinadas formas, é muito fácil! Agora pô-las em prática, quando as coisas se apertam.... isso é que é difícil. 

E lá está... como esse ser é superior a ti, não podes julgá-lo, criticá-lo ou opinar sobre. Senão virão o Carmo e aTrindade em cima. Ou seja, és da classe inferior, fazes o que digo, e submetes-te a mim. Eu sendo superior, posso fazer o quero! 

 

Mas só até eu deixar :)

 

13
Jan16

Meio perdida

Terminatora

       Não digo que seja uma pessoa impaciente. Mas não sou também um exemplo de paciência. Devo ser meio termo, sabendo ponderar onde ter mais paciência. Uma vez defini uma escala de percentagens, onde eu tinha mais paciência com crianças, por exemplo e menos, muito menos para mulheres e homens. Havia outras pelo meio que não me recordo, mas que suscitou críticas e gozo por parte de conhecidos meus.

 

       É sabido que, como já há muitos anos ouço, e até cumpro o máximo que posso, da porta do trabalho para dentro, os problemas pessoais ficam fora. E em casa, problemas de trabalho ficam na rua.

     Conheço pessoas que não os conseguem separar. Devo até dizer, que passam 70% do seu tempo no trabalho, falando desses ditos problemas. O que retira por vezes rendimento, reconheço. Não tenho esse hábito. Nunca tive. Minha vida pessoal é privada, posso é, em alguns momentos concordar ou discordar de alguma coisa, tendo por exemplo alguma situação pessoal relativa, passiva de segredo ou privacidade.

     A minha paciência gere-se tendo por base a quantidade de problemas, sejam pessoais ou de trabalho, no dia-a-dia. Há dias em que estou mais serena, tranquila e bem mais paciente!

    Aprendi que, deixar-se corromper com assuntos, que não se consegue resolver, é inútil. Há coisas que simplesmente nos transcendem. E das duas uma, ou aceitamos e seguimos com a nossa vida, ou ficamos preso a esses momentos e corroemo-nos até à exaustão!

 

     E eu estou cansada, de conter todo o meu dilema pessoal, todos os dias a toda a hora. Ter que aturar o mau humor de outras pessoas no local de trabalho, e desculpá-los constantemente por nos serem extremamente rudes e mal educados. Ter que compreender obrigatoriamente que nos são superiores e por isso temos que nos sujeitar ao seu mau humor, conter aquilo que queríamos responder, para nós, e simplesmente sorrir ou encolher os ombros. Fazer carinha de parvinhos, como se aquilo não mexesse connosco!

    E esta semana explodi. Explodi porque não têm respeito. E estou farta da falta de respeito. De civismo e empatia. Farta da falta de formação e educação que têm!

    Explodi e não sei quais serão as consequências...mas dei por mim a estar fora de mim! E muito provavelmente no momento pediria imediatamente, sem pestanejar, a demissão.

    Não sei porque o carácter ou a falta dele nos outros, mexe tanto comigo. Mas mexe. Eu contenho-me o mais que posso... mas esta semana não consegui.

Amanhã veremos.. o que resultou, de toda a barafustação, e indignação incompreendida que transpareci.

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