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Extermínio de Pensamentos

"Happiness only real when shared"-Christopher McCandless

Extermínio de Pensamentos

"Happiness only real when shared"-Christopher McCandless

29
Jan19

Carrego mil livros...

Terminatora

Neste Natal, havia pedido especificamente que não queria prendas. Não queria que me oferecessem nada, pois não queria acumular coisas, mas sim quero acumular mais memórias. Não quero encher um futuro espaço, que poderá ser chamado de lar de tralhas e objectos que eventualmente perderão a sua utilidade. Não que eu seja mal agradecida, mas a verdade é que fartamo-nos das coisas mais tarde ou mais cedo.  

 

No entanto não me canso de livros, mas não pedi a ninguém que me oferecesse algum.

 

E aconteceu que, o meu melhor amigo ofereceu-me algo que ganhou um valor inestimável. Um e-reader, mais propriamente da Amazon, Kindle. 

Nunca pensei agora dizer, que adoro este objecto. Eu adoro livros desde muito tenra idade. Meus pais sempre passaram dificuldades, e não me compravam muitos livros, mas eu trazia da biblioteca, ou emprestavam-me. Em adulta comecei a adquirir alguns, mas é verdade que alguns não são muito baratos. Por exemplo dei 30 euros por um livro de 900 páginas, e agora não sei como o vou carregar comigo para ler! Se tivesse esperado um pouco mais tinha-o agora no Kindle!  (provavelmente compro para lá também)

 

Já li três novos livros, ainda estou a experimentar os gratuitos da loja online. Por ser da Amazon tem imensos gratuitos, mas diga-se de passagem que não são lá de muito boa qualidade...! 

Comprei dois sobre a vida de Hellen Keller, foi-me recomendado por outro amigo e estou curiosa para mergulhar neles. Enfim, isto agora vai ser muito mais cómodo, e como é de esperar mais barato, acumular livros. Levo-o para todo o lado, é leve e de fácil utilização, nunca pensei ficar a gostar tanto disto. Eu que adoro o cheiro dos livros, o folhear, o admirar a capa e contracapa.. Enfim, vou fazer um pé de meia para depois adquirir as versões impressas! 

 

Não sei se é mais vantagoso ter um e-reader, se é menos prejudicial para o meio ambiente. Adoro árvores, mas também adoro livros. E usam-se árvores no seu fabrico.. sinto-me aí um bocado dividida. Se tem menos impacto ambiental ter um e-reader, pois então incentivo ao seu uso, mas não investiguei sobre o assunto e não quero fazer afirmações sem uma base de conhecimento. 

Sem dúvida que fiquei fã... E vou estimar para o resto da vida esta prenda maravilhosa, que me vai permitir ter mil e um livros sempre à mão. 

 

 

14
Nov18

Fake news

Terminatora

Não vou falar daquelas fake news políticas com que muito se tem deparado. É outro tipo de fake news que já anda a causar mortes. É quando pessoas incultas, imaturas, de culturas estranhas e de hábitos estranhos, se deixam influenciar por boatos lançados nas redes sociais ou meios de comunicação, géneros Whatsapp. 

 

Já tinha visto documentários, sobre tribos em África onde as pessoas queimavam outras por serem acusadas de bruxaria. Já tinha visto também muitas notícias sobre partes remotas na Índia, Paquistão e outros, onde queimam, ou matam, ou torturam pessoas, sob alguma acusação de desonra familiar. Se isto era considerado normal há séculos.. Penso que crescemos um bocadinho para perceber que isto são costumes desumanos, ou não?

São hábitos, tradições, costumes, castigos, vistos como naturais nestas comunidades. Nós, que temos outra mentalidade, achamos isto bárbaro.. Desde que me lembro de ver o primeiro documentário (há muitos anos) sobre isso, que não vejo mudanças ou intervenções nessas comunidades de forma a incutir algum senso comum, ou mudar/melhorar alguns dos seus costumes. De forma a preservar as vidas humanas que se perdem por costumes hediondos, como estes. Portanto continuam com as suas estúpidas tradições, e estúpidos costumes! 

 

Mas e quando a tecnologia de comunicação, vai parar às mãos deste tipo de pessoas? Agora que reflicto... Deveria este tipo de comunidades ter acesso a este meio de (des)informação? 

 

Li há pouco tempo uma reportagem da BBC, sobre a morte de dois homens numa vila no México, a fogo posto, em plena praça, por uma multidão de gente enraivecida em resultado de uma mensagem no Whatsapp, que foi partilhada por grupos e pessoas daquela região. Notícia aqui.

O que me chocou nesta história, foi que tratou-se de um boato, sem confirmações e provas. Mas as pessoas acharam por bem fazer justiça com suas mãos. E aparentemente, nem haviam crianças desaparecidas, como estavam sendo as vítimas acusadas de rapto infantil. Ou seja, poderá ter sido um acto de vigança encomendado de alguém. Eu não estava lá, não vi, não sei. Li o que li. Mas que este não é caso único, não é. 

Tem acontecido por vários países, lançarem-se rumores destes e o povo decide fazer justiça com as próprias mãos. E acontece onde as pessoas são umas completas ignorantes e imaturas. 

O caso que me chocou ainda mais foi o do Brasil, uma mulher ter sido torturada e morta por uma multidão também... E aparentemente, tudo mentira. Notícia Não encontrei no entanto o primeiro link que li, onde continha dois vídeos que mostravam a barbaridade que fizeram com esta senhora. 

 

Quer-se mais evolução tecnológica. Quer-se mais modernismo, mais comodismo, mais facilidade, mais acesso, mais de tudo o que verdadeiramente NÃO PRECISAMOS. E eu pergunto, tem este tipo de gente direito à tecnologia e estes meios de comunicação? Como fazer por controlar este género de pessoa, se é que se pode chamar a estes bichos de pessoas. Não é humano, quem tem a coragem de participar da morte de alguém. Como conseguem dormir? Como conseguem viver consigo próprios?

A realidade, é que estou eu e mais alguns milhares, revoltados com estas atitudes e situações, em vão! Porque estas pessoas vão continuar a ser ignorantes, e vão passar esta ingorância à próxima geração e assim vamos caminhando para o fim do mundo. Será, nem mais nem menos, os ingorantes a dar cabo dele. Ou isso, ou as máquinas vão nos exterminar a todos.. O que não me espanta mesmo nada que assim fosse. Afinal de contas, os filmes até têm uma base de verdade. Nós, é que preferimos, pensar que os guionistas e realizadores têm uma imaginação muito fértil. 

 

 

12
Nov18

"Iludências"

Terminatora

As iludências aparudem

(É como eu gosto de dizer a célebre frase: As aparências iludem)

 

Sou por norma uma pessoa bastante discreta. Faço por manter a minha vida o mais privada possível, partilhar nas redes socias (não uso tantas assim, FB e instagram (não há lá fotos minhas)) tudo aquilo que faço, "ganho", festejo, etc, está fora de questão. Quanto muito mudo a foto de perfil uma vez ou duas no ano... Desde que soube que as fotos de capa eram públicas, nunca lá coloquei nada privado. 

Pode parecer para algumas pessoas que conheço, estranho. Bem tentam elas por vezes me apanhar em fotografias e partilhar com a minha identificação, só que não permito. Obsessão? Medo de alguma coisa? Hmm Talvez. Talvez os dois. 

 

Lembro-me que quando comecei a utilizar redes sociais, pouco lidava com este mundo novo e recordo-me inclusive de fazer "sessões fotográficas" com algumas amigas, e depois lá partilhava orgulhosamente, somente as que estavam bonitas! Só as quais em que eu estava com melhor cara. 

Toda a vida fui um patinho feio, e deu imenso trabalho aprender a gostar de mim. Portanto, nessa altura já eu estava mais confiante de mim, mas ainda assim queria aprovação de outros. Por isso, provavelmente publicava mais fotos minhas. Era uma atitude inconsciente, eu não pensava que me iam achar bonita, mas como a foto me parecia bem, queria mostrar aos meus amigos. E ficava feliz, claro se me diziam que estava bonita. Mas, nunca me convenci completamente. Nem mesmo hoje me convenço, simplesmente aceitei-me como sou, melhoro o que posso sem parecer algo que não sou e considero-me razoavelmente feliz assim. 

Ontem estava a ver pessoas que sigo no instagram, casualmente, quando algo me ressalta. E é o que toda a gente já viu e já se apercebeu. Não vou comentar nenhuma novidade. Fotos de decotes enormes, pernas bronzeadas (lindíssimas...admito!), fotos e mais fotos que deixam pouco à imaginação. Bom, não faz a mínima diferença na minha vida e no meu dia a dia, ver ou não este tipo de fotos, nem eu sou daquelas que vai fazer os tais comentários : Oh gorda vai fazer dieta! Como acontece, infelizmente, a quem se expõe assim. Mas, este tipo de fotos é geralmente de pessoas bonitas. E como são bonitas, claro, têm uma facilidade enorme em se expor e não se importam. Como diz o trolha: O que é bom é para se ver. Frase com a qual, não concordo minimamente e não é por eu ser conservadora, é somente o meu ponto de vista. 

Mas porque partilham tanto fotos assim? Qual a necessidade de tanta afirmação? 

 

Se calhar, eu é que não entendo porque nunca fui bonita, e quero é me esconder do mundo. Porque provavelmente, se fosse o contrário, eu andaria aí a exibir o "material" todo para toda a gente ver. 

Por outro lado, essas mesmas já foram criticadas e Ah e tal, não me afecta nada o que dizem sobre mim. Mentira. Afectam-se sim, senão não ponham silicones ou não tentariam emagrecer para ficar melhor aos olhos de outros. 

Só estou a criticar porque não sou bonita e pensando bem, deve ser pior já ter-se sido bonito e de repente ficar feio e perder toda a adoração que se tinha, do que ter sido sempre feio e depois conseguir melhorar um bocadinho a aparência e receber aceitação geral (Eras tão feeinha, mas agora 'tás bonita! Awww!!).

 

E porque é que decidi escrever isto? Não sei...apeteceu-me. Estou um bocado fartinha de ver vidinhas "perfeitas" pintadas por aí, quando a realidade é outra. Fartinha de ver as pessoas se venderem por moda. Banalidades. 

 

 

10
Out18

Serei normal?!

Terminatora

Sempre fui uma pessoa muito certinha. Nunca fumei, nunca bebi até me esquecer do que aconteceu no dia anterior, nunca experimentei qualquer tipo de droga. Nunca andei em "más" companhias. Nunca dei desgostos de maior ou preocupações de maior aos que me rodeavam. 

Enfim, sempre fui alguém exemplar. Umas vezes elogiada pela sua forma de estar. Outras vezes criticada e gozada. 

Lembro-me bem de quando amigos meus próximos começaram a fumar, nunca me incentivaram a experimentar, mas eu bem que os tentei dissuadir de não continuar. 

Sem sucesso...

Mais tarde conheci quem experimentasse algumas coisas mais "pesadas". Andavam sempre a rir, de bem com a vida... Loucos, como eram apelidados por outros. Nunca me incentivaram, nem convivendo com eles alguma vez experimentei. 

 

Já recentemente, conheci várias pessoas que fazem do uso de "erva" um ritual diário. Ajuda no alívio de suas condições depressivas, ajuda-os a relaxar. 

No trabalho, lido com fumadores que estão constantemente a fazer pausas de  10min para fumar... enquanto eu tenho que ficar a trabalhar todo esse tempo, sem direito a café muitas vezes. 

 

Questionei-me um dia destes, não fumo, não bebo, não faço nada forma do normal... Serei eu normal?! É que me parece que todos esses vícios e consumos são vistos como normal. As pessoas estão dependentes deles. Elas não conseguem imaginar sua vida sem eles. E espantam-se se eu digo que nunca fumei, que bebo muito raramente e não tenho necessidade na maior parte das vezes disso. Que nunca fumei erva. Ou seja, nunca estive "relaxada"... Não tenho vícios. 

Eu nunca os tive, por isso não sei.. Mas fico triste por elas. Elas são controladas por essas substâncias. As suas vidas giram em torno de coisas para aliviar seus dilemas, suas preocupações, seu stress e nervosismo. 

Adoram espatifar dinheiro em coisas que as controlam. 

Confesso que sinto um certo orgulho em não ter algo assim que me controle... No entanto, custa-me encontrar um sítio onde me sinta encaixada.. Parece que todo o mundo é normal à parte de mim. 

 

Dou por mim muitas vezes a pensar... Não és normal...

15
Jun18

Perdoai... porque eles pecaram

Terminatora

Estive a ler umas notícias, como costumo fazer pela manhã. Não que seja, necessariamente uma necessidade, mas foi um hábito que criei há algum tempo, já que não vejo televisão, de todo. Também passo bem os meus dias sem ler notícias. Até porque, serão as notícias tal e qual como está lá escrito? Com a manipulação e censura assustadora que se vê cada vez mais, já não sabemos exactamente no que crer. 

E se há coisa em que deixei de crer, foi na religião. 

Considero-me um pouco "abelhuda", no sentido que às vezes, tenho que fazer a minha opinião ser ouvida, mesmo quando não a pedem.. Que vai ser o caso. Este é um tema que já aqui queria ter falado há algum tempo, mas a falta de tempo e o cansaço têm sido extremos. 

E o que vai a minha opinião mudar no mundo?! Nada... rigorosamente nada, mas ainda assim vou escrevê-la e poluir mais um bocadinho a internet.. 

 

Os padres (e freiras) têm preferências sexuais. 

Desde que eu me lembro de aprender as doutrinas católicas e de como se deveria dedicar a vida a rezar e adorar a deus sobre todas as coisas, que se sabe que padres e freiras não casam. Porque se "entregam" a deus. 

Confesso que sempre fiquei um pouco confusa, como é que faziam para reprimir seus desejos carnais. Pensei eu, se calhar castigam-se com auto vergastadas com madeira ou algo assim. Eles deviam se auto castigar de alguma forma. Não tinha outra explicação e assim "limpavam-se" do pecado carnal. 

Mas afinal, os padres violavam meninos e meninas. E as freiras também andaram envolvidas em actos obscuros... Afinal, onde está a integridade e "santidade" destes personagens?! Afinal o desejo e o pecado carnal eram maiores, que a adoração e amor por deus! 

 

Que embuste. Uma vida folgada, casa e comida na mesa, único dever é rezar um terço por dia e fazer de conta que se ajuda os pobrezinhos... É o que toda a gente quer. Vidas folgadas. 

 

Toda a gente tem uma preferência sexual, seja ela qual for. E a única doença, no que se refere a escolha sexual, é ser-se pedófilo. Para isso é que não há explicação possível, é doente e devia ser trancado a sete chaves. Agora, ser padre, é uma óptima escapatória para esses maltrapilhas! Adorados pela sociedade, quantas crianças não deverão ter sido ingoradas, porque era "impossível" um padre abusar assim de alguém. Quanta gente cega que ainda venera esta gente idiota que vive às nossas custas?! Seja freira, seja padre! 

Verdade que ainda existe algumas instituições, que acredito trabalharem em prol da sociedade e fazerem o bem. Mas, não deveria ser permitido a clausura, por exemplo. E toda a gente deveria poder escolher um parceiro para a vida. Porque a bem ou a mal todos temos uma preferência sexual e ponto final.

 

É preciso mudar e mudar muito. Eu não quero continuar a ler notícias sobre meninos e meninas que foram violados 40 ou 50 vezes por um padre! Não quero continuar a ler notícias sobre padres que são mal tratados em público porque decidiram ter uma família. 

O bom disto, é que se vê mais pessoas a abrir os olhos e dentro de algumas décadas (estou a ser bem positiva!) esperemos que tenham abolido certas obrigações destas entidades católicas (por exemplo). Bom seria abolir religiões, mas isso está a mil anos luz de acontecer... Nem vou sonhar com isso. Mas se pequenas mudanças pudessem ser feitas, todas as pequenas se tornariam numa grande mudança. 

 

 

20
Fev18

Vocações

Terminatora

Quando andava na primária, se me perguntassem o que queria ser quando fosse grande, responderia sem hesitar: ou professora ou médica. Já quis ser astronauta (dizem-me que todos já quiseram no fundo o mesmo), veterinária. Até polícia!.. 

 

Mas o ensino e a medicina, foram sempre as áreas de que mais gostei. No entanto, passaram-se os anos, não que ficasse grande, porque mal passei de metro e meio! O meio à nossa volta muda, as nossas experiências diárias moldam-nos a toda a hora. Até que certa altura, não quero mais ser professora! É difícil lidar com crianças e jovens. São maldosos, são mesquinhos, são rebeldes, são mal educados.. E eu não queria de todo, para além de sofrer o que já sofria, ter que chegar a professora e lidar com uma sala de gente malcriada. Eu não iria saber como controlá-los e fazer com que me respeitassem. Como é que eu conseguiria? Impossível. 

 

Ok..resta-me a medicina. Adoro ciências, biologia e tudo o mais que se relacione..Excepto química, mas lá desbobino qualquer coisa de razoável nessa área. No entanto, sucedem-se uma série de mudanças, revoltas pessoais. Ir para a Universidade seria quase impossível. Já sabia que o meu futuro seria terminar o 12º ano e ir trabalhar. Estava a sonhar com medicina para nada. Eu tinha noção que seria um fardo demasiado grande para a minha família se continuasse a estudar. Nunca me encorajaram a continuar. Em discussões com meus pais, lá decidi deixar tudo a meio e seguir para algo que resultasse num emprego rápido e talvez frutífero. 

 

Hotelaria. 

 

Não que gostasse assim muito, mas era o emprego com mais vagas na área onde vivia. Dediquei-me, como se fosse para outro assunto qualquer que gostasse muito. Terminado o curso, arranjei facilmente trabalho, já podia aliviar a família. Ajudar a pagar contas, gerir meus gastos sozinha. 

Seguiram-se altos e baixos. Nunca ficando permanente em sítio algum. Sentia-me sempre deslocada, acabei por desenvolver um gosto maior por pastelaria e ali fiquei... Até hoje. 

 

Hoje gosto do que faço, aprendi a gostar. Não foi um caminho fácil. Tive que moldar em muito a minha forma de ser. Se eu comecei com personalidade de freira, onde só ouvia, trabalhava e calava, hoje em dia pode-se dizer que sou uma fera. Não.. não mordo ninguém. Mas já cá não mora a freirinha, caladinha de antes. 

Trabalhar em hotelaria mudou muito a minha personalidade. Deparei-me sempre com pessoas mal educadas, desrespeitosas, egoístas, malandras, intriguistas...enfim, uma lista infindável de personalidades "tóxicas". Nunca deixei de ambicionar algo mais, querer estudar e saber algo mais. Voltei aos estudos, a tentar seguir para a universidade. E consegui, com boa média, para Inglês.. Mas lá pregam-me novas partidas e fica tudo para trás. 

 

Fico a pensar se sou eu que não vou à luta e me deixo derrubar facilmente pelas adversidades... Ou se afinal tenho medo daquilo que ambiciono? 

Apesar de tudo, por mais que, por vezes deteste o local onde trabalho. Por mais mesquinhas sejam as pessoas que me rodeiam, por mais negatividade que veja à minha volta, não me tornei uma delas. Não me deixei contaminar por essa toxicidade e orgulho-me disso. 

Posso não estar plenamente feliz com a escolha profissional, mas não torno a vida dos demais num inferno. Não gosto nem suporto ver injustiças. Reconhecem o trabalho que faço, embora esporádicamente, mas não me afecta o desempenho, aliás se faço um bom trabalho é porque eu quero e não o sei fazer de outra forma. 

 

Porque apesar de ser um trabalho mais físico, se calhar menos intelectual e humano, sinto que falta tanta empatia entre as pessoas. Falta o espírito de entreajuda, equipa e companheirismo. A atenção para com o próximo. Não é por ser um trabalho manual, quase por vezes automático que vamos deixar de ser humanos e tratar as pessoas como tal.

Isto porque eu vejo muito, vingançazinhas. Vejo mesquinhez todos os dias, o querer prejudicar alguém porque não fez uma X tarefa. E isto depois torna-se numa bola de neve e gera mau estar geral. Se não gostamos daquilo que fazemos, porque permanecemos ali, frustrados, tristes, vingativos e de mal com a vida? Porque nos acomodamos e tornamos a vida do outro num inferno? 

Eu não gostaria de ser tratada assim. Apesar de não ser a minha profissão de sonho, eu faço com gosto. Aprendi a gostar e isso só melhorou o meu desempenho e a forma como vejo e me relaciono com outros, dentro ou fora do trabalho. Tudo é muito melhor, quando se gosta. Seja que profissão for. E mais... podemos ser aquilo que quisermos, basta querer. 

 

Fico extremamente triste de ver pessoas frustradas em seus locais de trabalho, com atitudes infantis e vergonhosas. Se tratarmos sempre os outros, como gostaríamos que nos tratassem, o mundo seria um local melhor. Aceitemos aquilo que temos no presente com alegria e agradecimento, uma atitude positiva, atrai coisas positivas. 

 

Concluindo... descobri uma nova vocação! Vou começar a pensar em seguir psicologia do trabalho! 

19
Nov17

Adopções e abandonos

Terminatora

Dei por mim a pensar há uns dias, no crescente apelo (pelas redes sociais) da adopção de animais. De mãos dadas cresce também o apelo para não abandonar aqueles que já temos em casa. Que adoptemos aqueles que andam perdidos, concordo. Discordo completamente de quem faz negócio com a procriação de raças e estabeleça um preço pelos mesmos! Se é certo que há bastantes animais abandonados, não vamos estar a vender, quando se pode tirar um da rua gratuitamente! Abomino completamente a venda/compra. Se a fiscalização fosse maior, penso que muitas pessoas se dariam mal com este "negócio". Como amantes dos animais, estas pessoas deviam ter vergonha por participar em tal mercado cinzento. Porquê cinzento? Porque é ilegal, mas passa-se à frente de toda a gente, a bem dizer, à luz do dia! 

 

Mas a hipocrisia maior, será ver publicações que pessoas, que compram/vendem animais, partilham a favor de ajudar os animais, adoptar animais, contribuir para abrigos...etc! Não sei se essa será a maior hipocrisia. Vejo todos os dias, mas todos os dias mesmo (!) alguma coisa sobre os bichinhos. E apelamos à sua adopção, ao seu tratamento digno, ao castigo que se deve dar quando se maltrata um animal (concordo), às boas condições de vida que se lhe deve dar... E adoptar uma criança? Onde estão as campanhas, apelos, publicidade, partilhas para adoptar crianças? 

 

Se temos assim tanto amor para dar, porque não nos candidatamos à lista de adopção de crianças? Se conseguem dar 800 euros por um cão, pagar depois seu veterinário, comprar tudo o que ele precisa para casa, seus briquendos, sua comida e por aí adiante, porque não fazer um esforço maior e adoptar uma criança? Uma criança não é um animal, virão alguns dizer. Uma criança requer uma dedicação maior, uma despesa maior, um sacrifício maior, é tudo maior!  Não... é um desafio, que muitos cobardemente não têm capacidade de enfrentar, por isso as abandonam. E nós só nos lembramos delas quando chega o Natal. Ficamos com o coração apertado pelas campanhas publicitárias para angariar fundos para "instituições" e aí dizemos :"pobrezinhas, vamos lá dar uns troquinhos para lhes comprar uma prenda de Natal." Por 31 dias lembramo-nos que existem crianças abandonadas, que gostariam de ter um lar, uma família, um colo reconfortante, um abraço e um beijo antes de dormirem, uma figura que as proteja e guie, um amor incondicional. 

Por 31 dias aqueles que passam o ano a partilhar animaizinhos, lembram-se ah! Afinal existem crianças abandonadas...Oooh! Coitadinhas, tenho tanta pena, vou partilhar isto, para apaziguar o que sinto cá dentro. Dever cumprido! Que sensação!!!! 

 

Queremos o casamento gay, queremos punir os que maltratam animais, queremos legislação dura para quem não tem condições em casa de ter animais, queremos obrigatoriedade no tratamento digno dos animais! Tudo pelos animais!   Depois o processo de adopção de crianças é uma burocracia dolorosa e penosa. Queremos evoluir em termos de tecnologia, informação e modernices... Mas para se inscrever (!!) no processo de adopção de uma criança, é um percurso maior que ir daqui à Conchichina. O que posso concluir disto? A meu ver, não temos paciência para nos dedicarmos a outros. Se por um lado há aqueles que realmente não têm possibilidades económicas para cuidar de uma criança, por outro temos egocêntricos que nem fazem o esforço para dar um pouco de si aos outros. O meio termo está ocupado a negociar, se por o cão ter uma mancha no olho e fazê-lo ter um ar mais engraçado, há de cobrar mais por isso ou não. 

 

E é pela falta de interesse, empenho, luta pela parte da população, que os que governam não alteram o processo de adopção de crianças. Porque estamos mais preocupados com os animais, do que propriamente dar uma vida às crianças que não a têm. As prioridades deste país estão numa desorganização tremenda. E quem fala de Portugal, fala do resto do mundo. Não conseguimos mudar o mundo, mas podemos fazer alguma diferença na sociedade em que vivemos...se assim quisermos.

 

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