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Extermínio de Pensamentos

"Happiness only real when shared"-Christopher McCandless

Extermínio de Pensamentos

"Happiness only real when shared"-Christopher McCandless

02
Jul19

Depois da tempestade

Terminatora

Já lá vai algum tempo que não escrevo, que não desabafo ou leio. Ler que me foi outrora um prazer enorme, agora já não me cativa. 

Ando cansada.. Será por isso que não sinto vontade de nada. 

Tenho tanto para desabafar, mas zero de energia para o efeito. Tantas e tantas vezes dei por mim a pensar, porque tive eu que crescer? Porque tive eu que ser teimosa? Porque tive eu que me tornar adulta? Quantas vezes não desejei, vivi vezes sem conta, na memória a infância feliz que tive. Apesar de ser alguém algo desestruturada, foram esses momentos felizes que salvaram o pouco de sanidade que ainda resta neste cérebro maltratado.  

A mim, não me preparam de todo para o mundo adulto. Fui me preparando. Fui aprendendo. E sinto que comecei extremamente tarde. Sentia-me adulta, por ser irmã mais velha, há já muitos anos. Mas que sabia eu de ser-se adulto? É tão complexo e tão desgastante. Tanta regra, tanta lei, tanta conta, tanta exigência! 

E as pessoas? Parecem-me cada vez mais irritantes. Estou sem vontade e paciência para me importar com quem quer que me seja desconhecido. Preciso de um trabalho onde possa estar só, porque estou a ficar "doida" com tanto forçar diálogo, quando não me apetece nada.  

Enfim..  cansada. Quero voltar para os braços da minha mãe....

 

 

 

02
Jan19

E começa outro...

Terminatora

Será literalmente um recomeço de tudo. 

Não sei o que me espera este ano, não tenho ainda certeza para onde vou, mas sinto confiança neste meu vaguear de pensamentos e decisões. É estranho não ter nada decidido, mas ainda assim sentir que é o que está mais certo. Não vou mentir e negar que o futuro não me preocupa. Preocupa, mas já não me preocupa a ponto de me tirar o sono ou não me deixar fazer outras coisas.

 

Tive um mês de Dezembro espectacular e foi como um recarregar de baterias. Embora, deixar este "mês" para trás me tivesse custado mais que outras despedidas anteriores, foi um mês muito vivido, para recordar com muito carinho e servirá para me dar forças para o que se segue. 

Espero que todos os que leiam este texto, tenham disfrutado deste mês, desta época de troca de carinho e amor. Que possam prolongar estes sentimentos, esta troca, pelo resto do ano. 

 

Temos a tradição de ao bater da meia noite de 31 de Dezembro, comer 12 passas e por cada uma, pedir um desejo para o novo ano. Engraçado que me perguntaram se estava a pedir o Euromilhões e já ia eu nas últimas e em nenhuma pedia dinheiro ou riquezas. Pedia somente saúde, amor, felicidade e coisas do género... Para os meus. Peço sempre para os meus, porque se eles não estiverem bem, eu também não consigo estar bem. A minha felicidade e a minha riqueza, faz-se com os outros. Com os meus. É na partilha que sou feliz. E quero poder partilhar com eles tudo e quero que tenham tudo do melhor. E não será riqueza, pois riqueza de bens é coisa que nunca tivemos e não iremos ter, mas que tenhamos riqueza na Alma e no coração e que partilhemos isso de forma a aumentar e proporcionar a outros, esses bens preciosos. 

 

Que vocês também possam ser ricos em Amor, Saúde e Alegria. Que em vosso ano abunde somente o Positivo. Que seja a vossa base, na construção deste novo Ano. 

Felicidades para todos, muito amor e carinho, é o que desejo do fundo do coração.  

 

 

09
Nov18

A tree

Terminatora

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Sempre me senti fascinada por árvores. Cresci rodeada delas, no seio delas e usufruindo de todo o carinho e abrigo que me proporcionavam. Depois que li "A fada Oriana" de Sophia de Mello Breyner, senti-me ainda mais fascinada com a natureza. Imaginava como seriam as casinhas dos seres que nelas poderiam habitar. Mesmo de meras formigas. Podia passar horas "perdida" no meio da floresta, não me sentia, noutro sítio, tão em casa como ali. Sentia que as árvores, eram a minha casa e a floresta a minha aldeia. 

À conta deste amor, desenhava imenso árvores... Não que seja grande ilustradora, mas eu tinha que colocar árvores sempre nos meus desenhos. Gostava de desenhar prados e árvores. Com um riacho e flores. Um pôr do sol. 

Adoro árvores. Carregam grandes fardos, mistérios e sabedoria. E não importa as adversidades por que passem em suas vidas, mantêm-se de pé. Firmes e prontas para a nova etapa. 

Gosto também da símbologia da árvore. Vida, Mãe, Conhecimento, Família, Segurança... 

Nessa altura não fazia ideia de todo o simbolismo de árvore, ou o que poderia representar para cada pessoa/nação. E mesmo assim, sentia uma certa conexão, um conforto indescritível de cada vez que me aproximava de uma árvore. Alegria, paz... Como podia a árvore estar sempre de pé, mesmo depois de uma tempestade? São fortes e batalhadoras... pensava eu. Fui crescendo e deixei de passear tanto entre as árvores. Mas nem assim, perdi a sensação que sentia ao me aproximar de uma árvore. Aquela excitação, aquela alegria, aquela ânsia de abraçá-la e apertá-la como que querendo protegê-la. Querer me deixar embalar por seus ramos e me aconchegar em suas raízes. Ficar ali e esquecer que existe o mundo.

 

Se me dissessem, que depois de morrer me poderia tornar no que quisesse... Eu escolheria ser árvore. Para poder proporcionar tudo o que já me proporcionaram. Para poder escutar as maravilhas da natureza, para poder dar e transformar. 

 

07
Jul18

Gostava de ter filhos?

Terminatora

Quando se é criança, o mundo não parece ser esmagador e destruidor de sonhos, como na verdade é. Achamos que com facilidade, se constrói uma vida e uma família feliz. Eu tenho uma família grande, logo meu desejo era também ter uma família. 

Que outros ensinamentos nos dá a família, que não seja trabalhar, casar e ter filhos? Construir um lar e viver em família. Este foi o conceito que me transmitiram durante anos. Meu objectivo de vida seria este. 

Durante algum tempo foi meu desejo encontrar o tal príncipe que me levaria ao altar. Passava horas vendo vestidos de noiva, ou mesmo até fazendo vestidos de noiva às bonecas... Véus. 

Mas cedo percebi que eu não entendia nada de como encontrar o príncipe ou sequer fazer com que alguém gostasse o suficiente de mim para ficar o tempo necessário para dar continuidade a uma família. Afinal, não era assim tão fácil. 

Nem foi mais fácil arranjar um lar sozinha, logo fiquei muito mais tempo em casa dos pais. Muitas vezes fui "praguejada" para sair de casa e casar. Pois... outros tempos, outros tempos. Tempos em que casavam com o primeiro namorado, e nem precisavam namorar 10 anos para perceberem que queriam ficar juntos toda a vida (ou não..). Aliás, namorar mais que 2 anos sem casar já deveria ser considerado uma vergonha. 

Fico feliz por os tempos terem mudado. Mas mais feliz fico por perceber que eu também mudei drasticamente ao longo da vida. Após relações falhadas o meu desejo em querer criar uma família diminuíu em consequência disso. E já não fico stressada por me ver a envelhecer e ainda não ter filhos, como quando vejo tantas amigas e agora a irmã mais nova, a construirem suas vidas em redor de um lar. 

Além de não ter a certeza se um dia encontrarei o par ideal para isso, também o meu físico não se encontra no melhor. E eu dou por mim a pensar, como vou eu ter condições emocionais e físicas (além de tempo) para me dedicar a outro ser. Conseguirei perder horas de sono, acarretar mais dores físicas em prol de cumprir o meu propósito neste mundo? 

Serei uma desilusão para as mulheres, porque afinal concluí, que se calhar já não quero assim tanto filhos? Quanto muito adoptaria uma criança precisando de amor e protecção.  

 

Estou em constantes mudanças, aquilo que sou hoje; aquilo que penso hoje pode já não ser o mesmo amanhã. Mas dou por mim muitas vezes a reflectir... eu não terei energia para cuidar de uma criança. E não sei se voltarei a ter. A minha vida é uma névoa neste momento, mas talvez essa névoa se dissipe no futuro.. 

Talvez volte a ter a vontade tremenda de ter filhos que outrora tive... ou talvez não. 

19
Dez17

Amor de Irmãos

Terminatora

A casa nunca mais ficou impecavelmente limpa pela semana. Nunca mais houve silêncio às 7h, às 19h, às 21h. Por vezes até de madrugada era quebrado o silêncio. E quando havia silêncio quando não o era de esperar, algo estava mal! Cereais pelo chão, roupas desarrumadas. Maquilhagem destruída. Caos. 

Quem não sabe o que é a balbúrdia em que fica uma casa com crianças? Quem não os tem, gostava de ter. Por ter os meus, não imagino como seria minha vida sem eles. Afinal, foram eles que me ensinaram o valor do amor de um irmão, foram eles que me ensinaram a ser responsável. Foram eles que me fizeram crescer. Ensinaram-me a cuidar, a limpar, a ser no fundo segunda mãe. 

Muitas vezes aborreci-me também. Discutimos. Ficamos de costas voltadas, porque por ter personalidades tão fortes ninguém queria ceder ao outro. Mas soubemos ultrapassar. Apesar das nossas diferenças, o amor que sentimos uns pelos outros prevalece. Com o passar dos anos consegui valorizar cada vez mais este amor. Aprendi, que não conviver diariamente com eles, me fazia mal. Eu sentia falta dos meus meninos. Sentia falta de os proteger e amar. Sentia falta de cuidar e olhar por eles.

 

Não éramos família de expressar sentimentos. Nunca fomos. Nunca soubemos como chegar a uns e outros. Mas hoje, digo-lhes sem medos. Amo-vos. Amo-vos imenso e tenho orgulho de vocês. Cada um tornou-se num ser humano muito especial e único. Cada vez mais a comunicação entre nós cresce, apesar da distância. Pela primeira vez, passo um Natal longe, e saber que não vou ouvir suas gargalhadas pela manhã.. Que não vou ficar em pijama com eles até à uma da tarde. Que não vamos experimentar o jogo de tabuleiro novo, juntos. Que não vamos almoçar e jantar todos juntos... deixa-me triste. Mas feliz. Estou imensamente feliz, porque construímos uma bela relação. Amores não me faltam... E não há maior amor que o da família. 

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