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Extermínio de Pensamentos

"Happiness only real when shared"-Christopher McCandless

Extermínio de Pensamentos

"Happiness only real when shared"-Christopher McCandless

09
Nov18

A tree

Terminatora

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Sempre me senti fascinada por árvores. Cresci rodeada delas, no seio delas e usufruindo de todo o carinho e abrigo que me proporcionavam. Depois que li "A fada Oriana" de Sophia de Mello Breyner, senti-me ainda mais fascinada com a natureza. Imaginava como seriam as casinhas dos seres que nelas poderiam habitar. Mesmo de meras formigas. Podia passar horas "perdida" no meio da floresta, não me sentia, noutro sítio, tão em casa como ali. Sentia que as árvores, eram a minha casa e a floresta a minha aldeia. 

À conta deste amor, desenhava imenso árvores... Não que seja grande ilustradora, mas eu tinha que colocar árvores sempre nos meus desenhos. Gostava de desenhar prados e árvores. Com um riacho e flores. Um pôr do sol. 

Adoro árvores. Carregam grandes fardos, mistérios e sabedoria. E não importa as adversidades por que passem em suas vidas, mantêm-se de pé. Firmes e prontas para a nova etapa. 

Gosto também da símbologia da árvore. Vida, Mãe, Conhecimento, Família, Segurança... 

Nessa altura não fazia ideia de todo o simbolismo de árvore, ou o que poderia representar para cada pessoa/nação. E mesmo assim, sentia uma certa conexão, um conforto indescritível de cada vez que me aproximava de uma árvore. Alegria, paz... Como podia a árvore estar sempre de pé, mesmo depois de uma tempestade? São fortes e batalhadoras... pensava eu. Fui crescendo e deixei de passear tanto entre as árvores. Mas nem assim, perdi a sensação que sentia ao me aproximar de uma árvore. Aquela excitação, aquela alegria, aquela ânsia de abraçá-la e apertá-la como que querendo protegê-la. Querer me deixar embalar por seus ramos e me aconchegar em suas raízes. Ficar ali e esquecer que existe o mundo.

 

Se me dissessem, que depois de morrer me poderia tornar no que quisesse... Eu escolheria ser árvore. Para poder proporcionar tudo o que já me proporcionaram. Para poder escutar as maravilhas da natureza, para poder dar e transformar. 

 

07
Out18

Problema

Terminatora

O que ando a fazer? Pergunto-me. 

Quis mudar a minha vida, mudar e começar de novo, mas parece que os fantasmas do passado ainda me perseguem. Aqueles pequenos traumas, pequenas obessões que se parecem ter tornado gigantes, afinal nunca me deixaram. Nunca me consegui livrar deles. Eu mudei de lugar... Deixei as pessoas, deixei "amigos", deixei família... Tudo ia ser melhor. Fugi de onde pensava estar o "problema", mas descubro que o problema sou eu. 

 

 

07
Jul18

Gostava de ter filhos?

Terminatora

Quando se é criança, o mundo não parece ser esmagador e destruidor de sonhos, como na verdade é. Achamos que com facilidade, se constrói uma vida e uma família feliz. Eu tenho uma família grande, logo meu desejo era também ter uma família. 

Que outros ensinamentos nos dá a família, que não seja trabalhar, casar e ter filhos? Construir um lar e viver em família. Este foi o conceito que me transmitiram durante anos. Meu objectivo de vida seria este. 

Durante algum tempo foi meu desejo encontrar o tal príncipe que me levaria ao altar. Passava horas vendo vestidos de noiva, ou mesmo até fazendo vestidos de noiva às bonecas... Véus. 

Mas cedo percebi que eu não entendia nada de como encontrar o príncipe ou sequer fazer com que alguém gostasse o suficiente de mim para ficar o tempo necessário para dar continuidade a uma família. Afinal, não era assim tão fácil. 

Nem foi mais fácil arranjar um lar sozinha, logo fiquei muito mais tempo em casa dos pais. Muitas vezes fui "praguejada" para sair de casa e casar. Pois... outros tempos, outros tempos. Tempos em que casavam com o primeiro namorado, e nem precisavam namorar 10 anos para perceberem que queriam ficar juntos toda a vida (ou não..). Aliás, namorar mais que 2 anos sem casar já deveria ser considerado uma vergonha. 

Fico feliz por os tempos terem mudado. Mas mais feliz fico por perceber que eu também mudei drasticamente ao longo da vida. Após relações falhadas o meu desejo em querer criar uma família diminuíu em consequência disso. E já não fico stressada por me ver a envelhecer e ainda não ter filhos, como quando vejo tantas amigas e agora a irmã mais nova, a construirem suas vidas em redor de um lar. 

Além de não ter a certeza se um dia encontrarei o par ideal para isso, também o meu físico não se encontra no melhor. E eu dou por mim a pensar, como vou eu ter condições emocionais e físicas (além de tempo) para me dedicar a outro ser. Conseguirei perder horas de sono, acarretar mais dores físicas em prol de cumprir o meu propósito neste mundo? 

Serei uma desilusão para as mulheres, porque afinal concluí, que se calhar já não quero assim tanto filhos? Quanto muito adoptaria uma criança precisando de amor e protecção.  

 

Estou em constantes mudanças, aquilo que sou hoje; aquilo que penso hoje pode já não ser o mesmo amanhã. Mas dou por mim muitas vezes a reflectir... eu não terei energia para cuidar de uma criança. E não sei se voltarei a ter. A minha vida é uma névoa neste momento, mas talvez essa névoa se dissipe no futuro.. 

Talvez volte a ter a vontade tremenda de ter filhos que outrora tive... ou talvez não. 

29
Dez17

E para o ano...

Terminatora

Vamos melhorar o que não conseguimos este ano.

Vamos continuar a querer fazer mais e melhor.

Vamos aprender, viver e trabalhar.

Vamos nos manter positivos, nada dura para sempre seja mau ou bom, por isso stressar menos com o que nos parece inalcansável. Vamos tomar rédeas e conquistar desejos.

Vamos ser nós próprios numa versão melhor, porque não é 2018 que tem que ser melhor, nós temos que ser melhores, quanto mais não seja para connosco.

 

Aproveitem, divirtam-se. Este já lá foi, venha mais um que estou pronta para ele!

19
Dez17

Amor de Irmãos

Terminatora

A casa nunca mais ficou impecavelmente limpa pela semana. Nunca mais houve silêncio às 7h, às 19h, às 21h. Por vezes até de madrugada era quebrado o silêncio. E quando havia silêncio quando não o era de esperar, algo estava mal! Cereais pelo chão, roupas desarrumadas. Maquilhagem destruída. Caos. 

Quem não sabe o que é a balbúrdia em que fica uma casa com crianças? Quem não os tem, gostava de ter. Por ter os meus, não imagino como seria minha vida sem eles. Afinal, foram eles que me ensinaram o valor do amor de um irmão, foram eles que me ensinaram a ser responsável. Foram eles que me fizeram crescer. Ensinaram-me a cuidar, a limpar, a ser no fundo segunda mãe. 

Muitas vezes aborreci-me também. Discutimos. Ficamos de costas voltadas, porque por ter personalidades tão fortes ninguém queria ceder ao outro. Mas soubemos ultrapassar. Apesar das nossas diferenças, o amor que sentimos uns pelos outros prevalece. Com o passar dos anos consegui valorizar cada vez mais este amor. Aprendi, que não conviver diariamente com eles, me fazia mal. Eu sentia falta dos meus meninos. Sentia falta de os proteger e amar. Sentia falta de cuidar e olhar por eles.

 

Não éramos família de expressar sentimentos. Nunca fomos. Nunca soubemos como chegar a uns e outros. Mas hoje, digo-lhes sem medos. Amo-vos. Amo-vos imenso e tenho orgulho de vocês. Cada um tornou-se num ser humano muito especial e único. Cada vez mais a comunicação entre nós cresce, apesar da distância. Pela primeira vez, passo um Natal longe, e saber que não vou ouvir suas gargalhadas pela manhã.. Que não vou ficar em pijama com eles até à uma da tarde. Que não vamos experimentar o jogo de tabuleiro novo, juntos. Que não vamos almoçar e jantar todos juntos... deixa-me triste. Mas feliz. Estou imensamente feliz, porque construímos uma bela relação. Amores não me faltam... E não há maior amor que o da família. 

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