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Extermínio de Pensamentos

"Happiness only real when shared"-Christopher McCandless

Extermínio de Pensamentos

"Happiness only real when shared"-Christopher McCandless

19
Nov17

Adopções e abandonos

Terminatora

Dei por mim a pensar há uns dias, no crescente apelo (pelas redes sociais) da adopção de animais. De mãos dadas cresce também o apelo para não abandonar aqueles que já temos em casa. Que adoptemos aqueles que andam perdidos, concordo. Discordo completamente de quem faz negócio com a procriação de raças e estabeleça um preço pelos mesmos! Se é certo que há bastantes animais abandonados, não vamos estar a vender, quando se pode tirar um da rua gratuitamente! Abomino completamente a venda/compra. Se a fiscalização fosse maior, penso que muitas pessoas se dariam mal com este "negócio". Como amantes dos animais, estas pessoas deviam ter vergonha por participar em tal mercado cinzento. Porquê cinzento? Porque é ilegal, mas passa-se à frente de toda a gente, a bem dizer, à luz do dia! 

 

Mas a hipocrisia maior, será ver publicações que pessoas, que compram/vendem animais, partilham a favor de ajudar os animais, adoptar animais, contribuir para abrigos...etc! Não sei se essa será a maior hipocrisia. Vejo todos os dias, mas todos os dias mesmo (!) alguma coisa sobre os bichinhos. E apelamos à sua adopção, ao seu tratamento digno, ao castigo que se deve dar quando se maltrata um animal (concordo), às boas condições de vida que se lhe deve dar... E adoptar uma criança? Onde estão as campanhas, apelos, publicidade, partilhas para adoptar crianças? 

 

Se temos assim tanto amor para dar, porque não nos candidatamos à lista de adopção de crianças? Se conseguem dar 800 euros por um cão, pagar depois seu veterinário, comprar tudo o que ele precisa para casa, seus briquendos, sua comida e por aí adiante, porque não fazer um esforço maior e adoptar uma criança? Uma criança não é um animal, virão alguns dizer. Uma criança requer uma dedicação maior, uma despesa maior, um sacrifício maior, é tudo maior!  Não... é um desafio, que muitos cobardemente não têm capacidade de enfrentar, por isso as abandonam. E nós só nos lembramos delas quando chega o Natal. Ficamos com o coração apertado pelas campanhas publicitárias para angariar fundos para "instituições" e aí dizemos :"pobrezinhas, vamos lá dar uns troquinhos para lhes comprar uma prenda de Natal." Por 31 dias lembramo-nos que existem crianças abandonadas, que gostariam de ter um lar, uma família, um colo reconfortante, um abraço e um beijo antes de dormirem, uma figura que as proteja e guie, um amor incondicional. 

Por 31 dias aqueles que passam o ano a partilhar animaizinhos, lembram-se ah! Afinal existem crianças abandonadas...Oooh! Coitadinhas, tenho tanta pena, vou partilhar isto, para apaziguar o que sinto cá dentro. Dever cumprido! Que sensação!!!! 

 

Queremos o casamento gay, queremos punir os que maltratam animais, queremos legislação dura para quem não tem condições em casa de ter animais, queremos obrigatoriedade no tratamento digno dos animais! Tudo pelos animais!   Depois o processo de adopção de crianças é uma burocracia dolorosa e penosa. Queremos evoluir em termos de tecnologia, informação e modernices... Mas para se inscrever (!!) no processo de adopção de uma criança, é um percurso maior que ir daqui à Conchichina. O que posso concluir disto? A meu ver, não temos paciência para nos dedicarmos a outros. Se por um lado há aqueles que realmente não têm possibilidades económicas para cuidar de uma criança, por outro temos egocêntricos que nem fazem o esforço para dar um pouco de si aos outros. O meio termo está ocupado a negociar, se por o cão ter uma mancha no olho e fazê-lo ter um ar mais engraçado, há de cobrar mais por isso ou não. 

 

E é pela falta de interesse, empenho, luta pela parte da população, que os que governam não alteram o processo de adopção de crianças. Porque estamos mais preocupados com os animais, do que propriamente dar uma vida às crianças que não a têm. As prioridades deste país estão numa desorganização tremenda. E quem fala de Portugal, fala do resto do mundo. Não conseguimos mudar o mundo, mas podemos fazer alguma diferença na sociedade em que vivemos...se assim quisermos.

 

14
Nov17

O que significa ser humano?

Terminatora

Para mim ser humano é amar. É sentir, é dar, é receber, é ensinar, é aprender, é falar, é escutar, é abraçar, é rir, é cantar, é ler, é escrever..

 

É cair, é levantar, é sucesso, é fracassar, é luta, é sonho, é desejo, é paixão, é chorar, é sentir-se só. É ter tudo e não querer nada. É ser quem eu quero, é escolher para onde vou. É respirar a brisa à beira mar, é correr montanha, é escorregar na lama.

É tudo e nada. 

 

 

Oh Wonder... Uma dupla maravilhosa, um vídeo a não perder! 

 

O que significa ser humano?

 

13
Nov17

Burnout

Terminatora

Gostamos nós muito de estrangeirismos. É os media (midia), já não dizemos média. É brainstorming, já não dizemos troca de ideias. E a lista estende-se muito mais. Tal como este do título. Penso que não é difícil chegar lá. Traduzindo à letra será: completamente queimado, reduzir a cinzas, queimar. Mas trata-se na verdade do termo para esgotamento, mais do foro psicológico. Não investiguei muito o termo, mas li uns artigos a semana passada e anotei nos rascunhos, para quando tivesse oportunidade, falar do mesmo. 

 

Não investiguei, porque sei bem o que é estar próximo de um. Aliás, quem hoje em dia não tem os neurónios a queimar ferozmente? Óbvio que perdemos neurónios todos os dias, uns mais que outros, mas não ficam ali todos para contar história. Teremos sorte se eles dentro de 50 anos ainda conseguirem processar como se frita um ovo! 

 

As dores de estômago que provoca. O peito que se aperta e o coração parece que vai romper pelas costelas a qualquer momento. A sensação de angústia e ansiedade que sobe pelo esófago e nos seca e aperta a garganta. O cansaço...o cansaço que não vai embora. Acordar sempre esgotada. Nada de grave...mas que se persiste, dizem, que pode trazer consequências mais graves. Podia ser um caso desses... ou posso vir a ser. Não sei. O ser humano é tão complexo e interessante. Tão previsível e explosivo ao mesmo tempo. 

E dizem que o excesso de trabalho leva a este "burnout". Já tive excesso de trabalho, fui-me abaixo sim, não pelo excesso de trabalho, mas por falta de apoio de quem estava a meu lado. A pressão e exigências psicológicas são mais prejudiciais que qualquer esforço físico que se faça. Eu estava cansada fisicamente, mas não era esse cansaço que me esgotava psicologicamente, era o eu não estar a satisfazer todos à minha volta de igual forma. E esse "não ser suficiente" corroeu-me por meses...se calhar anos. Lentamente. Até ao dia em que tive todas as sensações que descrevi acima e disse basta. Basta. Sou humana, cometo erros. Falho. Não consigo satisfazer toda a gente, que se dane. Tenho que me importar comigo. A chave está em conseguir se desligar daquilo que faz mal. Deixar para lá o que não se consegue controlar. Aceitar que erramos, fizemos o nosso melhor e não foi suficiente. Deixar o que tem de ir, ir. Se libertar e começar de novo se for preciso. 

 

O problema de muitas pessoas, sofrerem de esgotamento, ansiedade, nervosismo e tudo o que lhe está inerente, é essa mesma incapacidade de se desligar. Carregar no interruptor. Ter a coragem para acabar com tudo o que lhes faz mal. Ousar querer, ousar se merecer! Ousar viver para si primeiro e só depois para segundos e terceiros. 

 

Chega de se queimar, chega de se esgotar... Antes que esgote a vida, aprendamos a se desligar, respirar fundo e prosseguir com a sabedoria do passado, mas com a esperança que o amanhã será maravilhoso!   

 

03
Nov17

Complicadas

Terminatora

Dizer que as mulheres são complicadas, é o mesmo que dizer que os homens são todos iguais. Qual o homem que gosta de ouvir isto? Pela minha experiência, nenhum. Eu mesma já disse essa frase muitas outras vezes. Em contextos e situações específicas e sempre resultando de algum degosto ou desilusão. Claro que quem afirma que as mulheres são muito complicadas já passou por situações em que teve dificuldade em lidar com alguma(s) mulher(es). 

 

Eu compreendo meus caros! Compreendo... Vocês dizem que as mulheres são complicadas, mas porquê? (Perguntei eu aos meus colegas de trabalho) Respondem porque sim, porque querem ter sempre razão, porque têm mau feitio, porque só discutem.... por aí fora.

 

Quando se está a aprender uma nova tarefa, ou mesmo que já saibam desempenhar essa tarefa, mas de lugar para lugar por vezes a organização do material, o tempo (devido à disposição do local, etc) que leva a concluir essa tarefa vai variar concerteza! Qual a estratégia que se deve aplicar? Experimentar várias técnincas ou modos de fazer até encontrar a solução mais rápida e eficaz de concluir essa tarefa. Isto serve para qualquer situação diária. 

Baseado nisto, respondi, alguma coisa vocês estão a fazer mal. Se já tiveram algumas namoradas e a coisa é sempre complicada, mudem de estratégia, experimentem novas técnicas. Mudem vocês alguma coisa! Provavelmente o problema está em vocês e não na mulher. Encontrem a solução mais rápida e eficaz para lidar com problemas e discussões que possam advir de um relacionamento. Não podem esperar que as mulheres deixem de ser complicadas por magia, porque não funciona assim. Há que se adaptar às mudanças. E ninguém é igual a ninguém. Por isso é um desafio esta coisa de se relacionar, estamos sempre a aprender mutuamente. Teremos de ter a mente aberta para aprender e aceitar o outro tal como é, se não gostam de desafios, mais vale ficarem solteiros! Quando realmente se gosta, encontramos formas de lidar com seus defeitos e feitios, por mais complicado que seja. A boa comunicação é a base de tudo. Um relacionamento é um trabalho em equipa constante, e eu até em trabalho consigo dizer se X ou Y trabalha em equipa com a mulher/namorada/marido/namorado. E aposto que não devo falhar. De braços cruzados não se obtém resultados. 

 

Queremos mudanças, algo diferente, que não seja "igual" ao que já estamos habituados e fartos de lidar, mas não se pode esperar que, continuando com as mesmas atitudes, o mesmo processo ao desempenhar a tarefa, e o resultado ser sempre desastroso que alguma coisa vá mudar! 

Vaiam por mim, ainda ando a experimentar qual a melhor técnica, mas sei que ao menos estou a fazer algo diferente ou a tentar mudar algo no modo de execução...Algum dia terei os frutos que tanto desejo. 

 

E não...não somos todas complicadas.

 

 

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