O horóscopo
Eu creio mais na energia e na reciprocidade do que em algum Deus. Fui criada católica a acatei muitas doutrinas e ensinamentos diariamente. Talvez por ter uma grande consciência e empatia sempre me importei com os outros.
Não fazia nada sem pensar antes se a decisão que fosse tomar iria afectar de alguma forma os outros. Ou se aquilo que diria prejudicaria alguém. Sempre tive cuidado na forma como lidava com os outros. Mas já não sou tão crente assim, não faço orações ou peço bençãos, quando sei que se eu não arregaçar as mangas e trabalhar, não terei nada. E já não penso tanto se os outros ficarão ofendidos com alguma coisa que diga, quando já sei avaliar melhor quem merece explicações e quem não merece sequer uma resposta.
Mas óbvio, não consigo evitar deixar de me preocupar com os outros. De querer fazer o melhor pelos outros, dentro das minhas possibilidades claro. E penso que mesmo que os anos me façam mudar alguns aspectos na minha personalidade, a empatia que tenho pelas pessoas é imutável. Mas acontece que se eu não gosto de alguém (geralmente é porque a pessoa tem mau carácter) aí eu nem consigo disfarçar! Mas a boa relação mantém-se e evito provocar mau ambiente.
Contudo, por vezes gostaria de me importar um bocadinho menos, só um bocadinho... Aquele stress e urgência que sinto em fazer até o impossível pelos outros seria mais brando....Será?
Porque é que tinha que ser balança? Às vezes pergunto-me...